sexta-feira, 30 de novembro de 2012

extra, extra, o mundo vai acabar!


Eu acredito que o mundo vai acabar. Um dia vai. Mas eu não estou preocupado com isso. E não é porque alguma organização de pessoas bem formadas e muito bem desenvolvidas intelectualmente me acalmaram. O conhecimento desses doutores espaciais é, sem dúvida, ilustre. Mas, ao observar as galáxias, acredito que eles devam ficar tão perplexos e maravilhados quanto eu. Se não ficam mais, é porque em algum ponto se tornaram frios e patéticos.

É tão maravilhoso que chega a ser assustador - de fato, enquanto você lê esse texto, é possível que milhões de planetas estejam em rota de colisão com a nossa pequena terra -, amanhã ou depois pode ser que tudo isso acabe! Sem mesmo que os sábios doutores possam saber. Ainda assim estou tranquilo. Bastante tranquilo.

E não é porque não dou valor à vida. Amo viver. E ainda tem tantas coisas que eu quero fazer. Tantos olhares para trocar conversas, tantos gestos para aprender, tantos ouvidos para tocar músicas, tantas sorrisos para surpreender, tantos pés para lavar, tantas carícias para experimentar... tantas suspiros para recuperar o fôlego.

Enquanto tudo isso acontece, me perco num universo de graça, que nos foi dado de graça. Sem saber quando tudo isso acaba, eu espero ansiosamente pelo momento que vou poder experimentar tanto amor sem me preocupar com tanta preocupação dos noticiários.

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