Por troca de um bom salário, vende-se a liberdade. Imerso em uma cultura individualista, a frustração é quase sempre certa; já é vista como um incômodo banal. O desejo pelo inútil é o que o move: mais metais, mais pedras, mais madeiras, mais líquidos, mais matéria... menos imaginação, menos emoção, menos intelecto, menos humano... Corre atrás de um sonho ao mesmo ideal e irreal - em algum lugar, escondido atrás das suas mentiras, ele sabe disso. Melhor seria contentar-se com o que se pode ver, pois isso seria também estar contente em sentimento. Diferente do sonho enganoso, esse é um sentimento tão real que parece que pode-se tocar. Deseja tanto a liberdade, mas algema-se ao medo. Dorme com dores. Acorda com preocupações. Quanto mais faz, mais tolices acontecem e o proveito é perdido nos 'tiques' do relógio. Nunca encontrará a tal da liberdade escondida em pedaços de papel com números impressos, por maior que seja a soma deles. Quem é que sabe o que é liberdade, então? Ninguém, senão aquele que disse: "Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo." Das vantagens de servi-lo, uma delas é ser livre para viver sem medo do futuro.
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