sábado, 21 de janeiro de 2012

(post piloto)

Não é possível ser mais nem menos do que somos.

Meu cachorro parece que entende isso muito bem. Ele sempre parece muito satisfeito em ser simplesmente o que é. Mas as pessoas parecem sempre estar buscando algo a mais; um sentido, uma satisfação, uma realização (em inglês: fulfilment). Partindo da dúvida, cria-se a teoria de que a vida é uma sucessão de eventos sem nenhum sentido - ou um conjunto de sentidos sem nenhuma realidade. Daí surgem duas opções: continuar procurando a realidade ou desistir.

As buscas mais comuns terminam em dinheiro, sexo, poder, aventura e conhecimento (não que essas coisas sejam ruins em si, mas a busca desenfreada por elas é inútil). Só que tudo isso tende ao tédio e apenas evidencia o objetivo de satisfazer somente o corpo, que um dia vai ser pó novamente. E, se nossa vida é eterna e preciosa, não deveríamos ignorar tanto o espírito, a alma.

O autor de Eclesiastes teve acesso à tudo o que quis nessa vida, e concluiu que "tudo é inútil, é correr atrás do vento!" Os Rolling Stones são um exemplo contemporâneo e não bíblico; buscaram a satisfação através de todos os meios que puderam, e não encontraram - (I can't get no) Satisfaction.

Eclesiastes expõe a nossa total incapacidade de encontrar o sentido da vida. Deixa claro que nossas tentativas são inúteis, deixando-nos a conclusão de que nossa atenção deve ser de Deus, deixando que Ele se revele e mostre qual o propósito do Criador para a criatura.

Destroi, então, a nossa expectativa egoísta de poder - ou tentar - viver criando nossas próprias regras.

É melhor viver dentro da realidade - através das regras de Deus, o Criador -, do que uma vida que promete tudo, mas não cumpre nada.

A minha oração é pra que Deus tenha a minha vida, e me complete, me encha (me dê o fulfilment), pra que eu possa ter satisfação - não em ter, mas em ser.

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