quinta-feira, 18 de julho de 2013

e eu com isso?

A pobreza existe no mundo inteiro. Muitas pessoas vivem um dia com um sofrimento material que vai muito além de fazer contas e se apertar com os gastos do final do mês. Boa parte das pessoas no mundo sofrem - e eu quero dizer novamente: sofrem - pra ter o que comer.

Você pode tentar ignorar, mas estas pessoas estão à sua volta, talvez mais perto do que você perceba.

Mas, o que as fizeram chegar nesse ponto?


Se você tiver um pensamento político mais esquerdista, diria que isso é fruto de acontecimentos sociais como preconceito, racismo, protecionismo financeiro (um banco negar empréstimos aos pobres, por exemplo), má distribuição de renda, violência, desemprego e tantas outras injustiças que conhecemos.

Se você tiver um pensamento mais direitista talvez culpe a desestrutura familiar, perda de virtudes de caráter, falta de autocontrole e disciplina, falta de padrões morais da sociedade, falta de esforço e outras práticas e deslizes das própias pessoas que se encontram em situação de marginalidade.

No entanto, de acordo com a Bíblia, a pobreza provém de causas múltiplas, complexas e equilibradas.

Opressão, abuso, injustiça (Levítico 19:15, Êxodo 22:25-27, Jeremias 22:13); desastres (Gênesis 47), preguiça (Provérbios 6:6-11), falhas morais (Provérbios 23:21).

A probeza vista pela Bíblia é um fenômeno que está relacionado à vários fatores.

Então, qualquer redução em grande escala da pobreza e injustiça social acontecerá apenas por um abrangente conjunto de esforços públicos, privados, espirituais, pessoais e corporativos.

Então nós, cristãos, redimidos por Jesus, temos também uma responsabilidade neste sentido.

Nas religiões - até dentro do meio "gospel" - percebemos um deus que se identificam com os poderosos e o pobre é acusado de ter pouca fé. Faz sentido, o rico pode construir templos magníficos e oferecer ofertas generosíssimas para os deuses. Por que, então, não seriam os favoritos?

No entanto, neste mundo onde apenas pessoas com poder, prestígio ou riqueza parecem ter importância, Deus nos oferece uma perspectiva diferente.

O Deus da Bíblia não requer sacrifícios de mesmo tipo e valor, isso colocaria o rico em vantagem ao tentar lhe agradar. Deus não precisa de nossas obras generosas. Se o seu coração estiver puro, você terá acesso à Sua infinita graça. O que produz salvação é Sua misericórdia e amor ilimitados.

Um comentário bíblico sobre Levítico 5:11-13 diz: Quem sabia que seria perdoado de seu pecado mesmo se aproximando de Deus com apenas uma xícara de farinha e uma confissão de seu pecado aprendia algo fundamental sobre a graça de Deus (...) até a pessoa mais poderosa da terra sabia que Deus não se impressionava com os sacrifícios mais luxuosos...

Podemos observar também que a lei mosaica tinha grande preocupação em impedir a disparidade entre ricos e pobres se agravasse e chegasse à casos extremos.

Percebemos um Deus que não tem favoritos pelo que podem oferecer. Ele é santo e todos somos como pobres diante dEle. Ainda assim, todos somos vistos como importantes pela Sua perspectiva. Até mesmo os materialmente pobres da sociedade têm o Seu perdão e a Sua graça, independente do que estão ofertando, mas como estão ofertando - de coração sincero.


Deus cuida do pobre. A preocupação de Deus por justiça permeia todas as seções da vida de Israel. Também deveria permear a nossa.

Baseado em trechos do livro "Justiça Generosa", Tim Keller.

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